quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Pântano



O Pântano é um filme argentino de 2000, dirigido por Lucrecia Martel, vencedora do prêmio Alfred Bauer, no Festival de Berlim, para diretores estreantes.

Mecha e Tali (Graciela Borges e Mercedes Morán, respectivamente), são primas que se encontram em situações bem diferentes. Mecha tem um marido ausente e filhos adolescentes, enquanto Tali tem um marido mais presente e filhos pequenos. Com alguns acidentes e incidentes, começam a se aproximar de novo.

Quando se tem um filme em espanhol, é comum persarmos em alguns aspectos tradicionais, principalmente aqueles usados por Almodóvar ( rica trilha sonora, homossexualismo e violência), mas O Pântano é um diferencial nesse aspecto. O filme mais se parece com uma filmagem despreocupada do cotidiano das duas famílias, quando estão juntas ou separadas.

As relações dos personagens são bem subjetivas, como a relação quase de incesto entre os filhos de Mecha. A atmosfera do filme não é alegre, e em nenhum momento a diretora parecer querer que a alegria tome conta do filme. Como disse, é realmente uma relação de família que se aproxima bastante da realidade.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Brazil


Brazil é um filme de 1985, que como muitos, faz crítica à sociedade, ao american way of life e o individualismo da sociedade moderna. Apresenta traços de Laranja Mecânica, mostrando a coerção daqueles que são considerados subversivos pelo Estado e de Blade Runner, filme também dos anos 80 que se passa em um tempo futuro, trazendo as idéias do diretor de como seria a sociedade nos anos 2000.
Brazil deixa claro o crescente individualismo que caracteriza a sociedade de uma maneira geral, em uma cena, um restaurante é atingido por uma bomba, as pessoas que foram feridas estão no chão, enquanto outras, continuam fazendo o que estavam fazendo como se nada estivesse acontecendo.
Uma outra referência bastante clara, é a do livro de George Orwell, 1984, que mostra o Estado como grande observador dos cidadãos e de suas liberdades. A música "Aquarela do Brasil", que toda várias vezes, em diversas situações, é um encaixe perfeito pro filme, que nos apresenta um mundo de sonhos de Sam (Jonathan Pryce), o protagonista da história.